quinta-feira, 18 de setembro de 2003

BRISA

BRISA
.Brisa noturna que sopra em meu rosto fazendo questão de me lembrar que estou vivo, trazendo o sopro do conforto frio aos pensamentos que doem na cabeça que pulsa febril sem vontade pelo chão vão as pegadas que meu corpo deixou pelo caminho mesmo sem saber direito o que era seguir a trilha que se abria a frente deixo a brisa soprar deixo o vento trazer alguma sensação de frescor na rua na sombra na penumbra das luzes dos postes a vida continua e as pessoas sorriem e vivem... eu... olho minha própria carcaça refletida e quando penso em como a vida é vazia e sem sentido o vento me lembra que não posso pensar assim trazendo-me o cheiro da noite e o gelo da penumbra talvez por mim mesmo eu já devesse ter entregue a velha espada enferrujada que guardo na sala presa a um escudo de bronze como um cartão do que já fui. mas quem disse que vivemos somente por nós mesmos? veja bem ventfaçamos um trato essa noite sob a lua crescente de Diana traga-me a brisa fria no rosto para salvar-me a alma que na esquina do sopro da janela eu te revelo meus sonhos eu sei eu também já me questiono se algum sobreviveu aos meus passos mas é justamente aí que está o obstáculo da promessa que te faço ressuscitá-los ou contar histórias de cadáveres como quem relembra bons amigos mortos em combate de lágrimas aos olhos ainda me lembro quando te sentia no rosto e sorvia vida no sangue talvez eu esteja pagando caro demais por sua brisa até concordo sonho é moeda difícil nesses nossos dias mas nossa história é mais antiga que minhas lembranças e sua brisa fria !!!aaah! essa brisa fria só minha alma escura sabe o bem que ela me faz sopra!!! que quando eu não mais sonhar ainda terei o que lembrar...!
Aut: Cans縊縊ky dat: 11/09/2003

Solitudine